Tecnologias: Um caminho para a Inclusão

Nos dias 26 e 27 de junho o CRTIC de Castelo Branco, sedeado no Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, organizou o Seminário “Tecnologias: Um caminho para a Inclusão”., no âmbito do projeto “Desigual-sensibilizar e formar a comunidade” financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Na mesa de abertura, estiveram presentes o Senhor Vice-presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, os diretores da Segurança Social e do Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco e o Diretor do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano. Devido à importância da temática, estiveram presentes cerca de 200 profissionais de diferentes áreas.

Com este Seminário pretendeu-se atingir um duplo objetivo:

– Envolver todos os Agrupamentos de Escolas da Cidade de Castelo Branco;

– Abordar a Transição para a Vida Ativa (TVA) e as Tecnologias Apoio (TA) para alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE).

Tanto o primeiro como o segundo objetivo enquadram-se no âmbito das competências do CRTIC. De acordo com o despacho n.º 5291/2015, os CRTIC´s têm como atribuições, além de outras:

– a prestação de serviços de informação, formação e aconselhamento aos professores e comunidade educativa em geral, no que respeita à utilização dos produtos de apoio (Ponto 3, alínea d));

– a promoção de sessões públicas no âmbito das necessidades educativas especiais e da utilização de produtos de apoio, tendo como destinatários docentes, técnicos e encarregados de educação (Ponto 3, alínea e));

– a sensibilização de empresas e de serviços públicos para a admissão de alunos em programas de transição para a vida pós-escolar (Ponto 3, alínea g));

Como se pode depreender pelas atribuições que são cometidas neste despacho ao CRTIC´s, pretendeu-se, neste Seminário, abordar duas dimensões essenciais: Transição para a Vida Ativa e Tecnologias de Apoio. Assim, foram convidados para abordar a TVA, o Professor Verdugo Alonso, professor catedrático da Universidade de Psicologia de Salamanca, ilustre investigador com uma obra bibliográfica extensa, que se tem dedicado ao estudo desta temática e a doutoranda Joana Pinheiro que apresentou uma parte da investigação que está a realizar no âmbito do seu doutoramento. Para abordar as TA, no primeiro dia, participaram nos painéis as (os) Professoras(es), Margarida Almeida, Pedro Encarnação, Arminda Lopes e o Dr. Vitor Cruz. No segundo dia, estiveram presentes, o Mestre Miguel Neiva, o Engenheiro Luís Figueiredo, e as empresas ACCAT, ATARAXIA e IMAGINA.

De uma forma sintetizada, ao longo destes dois dias de seminário, foram partilhadas diversas experiências, projetos, reflexões e foram apresentadas diferentes soluções para responder às necessidades individuais e desafios inerentes à transição para a vida ativa das pessoas com deficiência.

Em jeito de conclusão, salienta-se o seguinte:

 

  • A inclusão na educação é um meio de garantir um maior nível de equidade.
  • A escola tem um papel de charneira na resposta educativa e na preparação para a vida ativa.
  • A investigação tem um papel fundamental para encontrar respostas mais eficazes no processo de inserção da pessoa com deficiência.
  • O estabelecimento de parcerias entre os diferentes organismos/instituições é fundamental neste processo de inclusão.
  • Torna-se necessário encontrar meios de sensibilizar as entidades empregadoras, a fim de criar condições para a inserção da pessoa com deficiência no mundo laboral.
  • Essa inserção deve ser sempre preparada e organizada de acordo com os interesses e motivações individuais e as expetativas da família.
  • Daí que o processo, para uma transição de sucesso, englobe a identificação de interesses e capacidades da pessoa, a definição e implementação de um plano de ação, a criação de oportunidades de emprego e de oportunidades de vida independente.
  • Foi realçada a importância de aumentar a acessibilidade e potenciar o trabalho colaborativo.
  • Tornou-se bem evidente o incontornável contributo das tecnologias na promoção da educação inclusiva e no desenvolvimento da autonomia da pessoa com deficiência.
  • As diversas ferramentas e aplicações, apresentadas e devidamente enquadradas em contextos de utilização, têm em comum o facto de contribuírem para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência.

 

Aproveitamos este espaço, para agradecer a todas as entidades institucionais que direta ou indiretamente contribuíram para a sua realização assim como a todos os que estiveram presentes.

O nosso obrigado.